Abraciclo projeta uma recuperação mais rápida para o segmento de duas rodas na América do Sul a partir do ano que vem, com a região, incluindo o Brasil, chegando a 2 milhões 450 mil unidades vendidas. Em 2023 esse mercado poderá representar 3 milhões de unidades, sendo 1,4 milhão no mercado interno e 1,6 milhão nos demais países da região. As projeções foram divulgadas pelo presidente Marcos fermanian, que participou do segundo dia do 2º Congresso de Negócios Latino-Americano, realizado pela AutoData Editora na tarde da terça-feira, 1º.
Fermanian disse que essa recuperação poderá ser ainda mais rápida, mas optou por projeção mais discreta diante da atual situação da região, que sofre economicamente por causa da pandemia e ainda não sabe quando terá uma vacina efetiva disponível.
O cenário de crescimento é, segundo o executivo, baseado na maior demanda por Motocicletas, um meio de transporte de baixo custo e que deverá ter procura crescente após a pandemia. O presidente da Abraciclo entende que existe uma boa oportunidade para aumentar as exportações das fabricantes nacionais, mas elencou uma série de dificuldades que o setor encontrará – como a competição com produtos chineses, que são mais baratos porque a escala de produção por lá é muito maior:
“Também precisamos da equiparação das regras de emissões. O Brasil é o País mais avançado nessa questão, em outros mercados nós competimos com produtos mais poluentes e com custos menores de produção. Acordos bilaterais com mercados importantes, como Chile, Colômbia e Peru, também precisam ser reativados para fomentar a exportação”.
Investimentos em infraestrutura e logística no País também são importantes para ajudar na redução dos custos de exportação. Segundo o executivo o governo possuí um projeto, em fase avançada, para construir novos acessos rodoviários a países vizinhos.
Ele também espera que o mercado argentino se recupere para que volte a crescer a demanda por Motocicletas brasileiras, pois é lá onde os produtos nacionais têm mais força para competir com os asiáticos: “Se essas mudanças acontecerem reduziremos um pouco a distância do preço da Motocicleta asiática vendida na América do Sul na comparação com o brasileira: é um caminho para sermos mais competitivos, porque a diferença de escala produtiva é impossível tirar”.
FONTE: Autodata – SP
DATA: 01/09/2020