O otimismo parece ter tomado conta do setor de Duas rodas que, nos últimos anos, amargou quedas de vendas e produção. A última previsão da Abraciclo (associação dos fabricantes do setor), divulgada em outubro, era produzir 980 mil unidades em 2018. Porém, agora, passados dois meses, a entidade prevê fechar o ano com 1.035.000 Motos produzidas. A última vez que o setor ultrapassou a marca de 1 milhão de Motos foi em 2015, quando foram feitas 1.262.708 Motos no País.Lançamentos, como a nova Biz, ajudaram crescimento; modelo é o segundo mais vendido do País.
A recuperação da confiança do consumidor, aumento de oferta de crédito e novos modelos impulsionaram as vendas. “As marcas mostraram 40 lançamentos em 2018, contra 32 no ano passado”, afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. Para ele as novidades levam os consumidos às concessionárias que, por estarem mais confiantes na situação econômica do País, compram uma nova Moto.
As vendas financiadas via CDC (Crédito Direto ao Consumidor) foram responsáveis por 44% das negociações. “O nível de informalidade é grande no Brasil e, aos poucos, as financeiras foram se adaptando a tal realidade e passaram a ofertar mais crédito”, analisou Fermanian.
Varejo também cresce
O resultado pode ser constatado pelo número de emplacamentos de Motos “Zero quilômetro” que apresentou crescimento de 10,7% no acumulado deste ano. Entre janeiro e novembro de 2017 foram emplacadas 773.576 unidades, enquanto no mesmo período de 2018 o número cresceu para 856.045.
O aumento das vendas diárias também mostra evolução. Em novembro de 2018 foram emplacadas 3.840 Motos a cada dia, em 2017 esse número era de 3.264 unidades. Um aumento de 17,6%.
Previsão 2019
Outra boa notícia divulgada pela entidade foi o aumento de colaboradores no Polo industrial de Manaus, que concentra as fábricas de Motos. Em 2017 havia 12.100 trabalhadores nas fábricas, em 2018 esse número passou para 12.495.
Com base no atual momento do mercado e nas expectativas das mudanças na economia a entidade projeta a produção de 1.080.000 unidades no próximo ano, o que significaria um aumento tímido de 4,3% em relação a 2018. “Temos que ter cautela e aguardar as reações do mercado com o novo governo”, explicou o presidente da Abraciclo. (por Cicero Lima)
FONTE: Uol – SP
DATA: 13/12/2018