Manaus – A produção de Bicicletas no Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou, em junho, alta de 117,3%, em relação a maio, após fechar o mês com a fabricação total de 46.913 unidades, segundo levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). No mês de maio, quando as empresas voltavam gradualmente da paralisação causada pela pandemia, o segmento produziu 21.587 unidades. Diante de junho de 2019 (58.467 unidades) houve queda de 19,8%.
De acordo com dados da Abraciclo, os efeitos da pandemia sobre a produção prejudicaram a contagem do primeiro semestre de 2020, quando as fabricantes de Bicicleta conseguiram fabricar 249.494 unidades, correspondendo a uma retração de 36,2% na comparação com o mesmo período do ano passado (391.188 unidades).
Para o vice-presidente do segmento de Bicicletas da Abraciclo, Cyro gazola, o resultado alcançado em junho comprova uma reação do setor, mas reconhece que a recuperação depende da normalização das operações de varejo. “O estímulo ao uso da Bicicleta como alternativa de Mobilidade urbana pelas autoridades seria outro fator importante para a recuperação”, diz. “A recomendação de utilizar a Bicicleta para locomoção durante e pós pandemia nos deslocamentos vem da própria Organização Mundial da Saúde (OMS). É um modal individual que ajuda a evitar a disseminação do vírus da Covid-19”, comenta.
Em relação às perspectivas para o restante do ano, Gazola explica que ainda não é possível fazer uma análise mais apurada. “Ainda há muita incerteza em todos os setores, não apenas no que se refere à economia. Precisamos acompanhar não só os indicadores, mas também a implementação das medidas de saúde púbica para termos condições de fazer novas projeções”, explica.
Regiões
Em junho, a região Sudeste foi a que recebeu o maior volume de Bicicletas fabricadas no Polo Industrial de Manaus. Foram enviadas 25.005 unidades, alta de 100,7% na comparação com maio (12.457 unidades). Em relação ao mesmo mês do ano passado, foi registrada queda de 26,3% (33.949 unidades).
Na sequência, ficou a região Sul, com 9.159 Bicicletas. O volume foi 107,4% superior ao registrado em maio (4.417 unidades) e 17,9% maior ante as 7.770 unidades enviadas em junho de 2019.
Com 6.531 unidades, a região Nordeste apareceu em terceiro lugar. Na comparação com maio, o crescimento foi de 114,3% (3.048 unidades) e em relação ao mesmo mês do ano passado, houve aumento de 4,3% (6.261 unidades).
Em seguida, veio a região Centro-Oeste, com 3.695 Bicicletas, correspondendo a uma alta de 180,6% ante as 1.317 unidades enviadas em maio e de 13,5% na comparação com junho de 2019 (3.256 unidades).
A região Norte ficou com 2.523 unidades, que representou alta de 625% em relação ao mês anterior (348 unidades) e recuo de 65,1% na comparação com junho do ano passado (7.231 unidades).
No ranking do primeiro semestre, a região Sudeste liderou com 134.417 unidades recebidas, volume que correspondeu a 53,9% do total distribuído. Em segundo lugar, ficou a região Sul (44.836 unidades e 18% do volume total), seguida pela Nordeste (38.478 unidades e 15,4%), Centro-Oeste (18.793 unidades e 7,5%) e Norte (12.970 unidades e 5,2%).
Importação e exportação
Segundo dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat analisados pela Abraciclo, em junho foram importadas 1.998 Bicicletas em todo o território nacional. O volume foi 22,7% superior ante as 1.629 unidades registradas em maio do presente ano. Na comparação com junho do ano passado (3.695 unidades), houve retração de 45,9%.
O maior volume de Bicicletas veio da China (1.390 unidades e 69,6% do volume importado). Na sequência do ranking vieram Taiwan (497 unidades e 24,9%).
Ainda de acordo com levantamento do portal Comex Stat analisados pela Abraciclo, em junho as exportações brasileiras de Bicicletas atingiram 1.049 unidades, resultado 21,8% maior que o alcançado em maio (861 unidades). Na comparação com o mesmo mês de 2019 (1.415 unidades), houve queda de 25,9%.
Fonte: Em tempo – AM
Data: 13/07/2020