Com um crescimento na ordem de 15,7% em relação ao mesmo período do ano passado, os fabricantes de bicicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) produziram 723.950 unidades no acumulado de 2021. Em 2020, foram produzidas 625.786 unidades.

Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), que apontou ainda o desempenho mensal da indústria com resultados positivos.

Em novembro, 74.078 bicicletas saíram das linhas de montagem, o que corresponde a alta de 17% em relação a outubro (63.336 unidades) e 16,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado (63.562 bicicletas).

O vice-presidente do Segmento de Bicicletas, Cyro Gazola, enfatiza que as fábricas têm capacidade para produzir mais, no entanto, a escassez de peças e componentes trava o ritmo das linhas de produção.

“Esse problema desorganiza toda a cadeia produtiva, pois temos dificuldades para montar alguns modelos de bicicletas”, esclarece ele, afirmando que a crise de abastecimento está longe de ser solucionada, pois o problema ainda deve persistir até meados de 2022.

Cerca de 50% dos itens de uma bicicleta, como sistemas de freios, transmissões, suspensões e selins são importados de fornecedores globais. Mas mesmo diante dessas dificuldades, as associadas da Abraciclo mantêm seus investimentos nas linhas de produção e em novas tecnologias.

Uma nova unidade da Sense Bike, por exemplo, foi inaugurada em Manaus no início deste mês. Na unidade atual, que foi ampliada, serão produzidos os quadros da Sense Bike e da Swift Carbon em alumínio; enquanto na nova será feita a montagem de rodas e de bicicletas completas das duas marcas.

A perspectiva da empresa é dobrar sua capacidade produtiva já a partir de 2022 e, gradativamente, quadruplicar o volume de bicicletas fabricadas nacionalmente.

O esforço das fabricantes em se aprimorar constantemente para atender às exigências do consumidor, segundo o vice-presidente do segmento de bicicletas, se mostra com a oferta de produtos com nível de qualidade mundial e alto valor agregado.

“Mesmo diante das dificuldades as empresas anunciaram importantes lançamentos de produtos neste ano. São bicicletas referência em tecnologia e que ajudam a tornar a indústria nacional ainda mais competitiva em relação às marcas globais”, diz Gazola.

Na avaliação do executivo, as dificuldades enfrentadas pelo setor ao longo de 2021, devido à pandemia do coronavírus e à falta de insumos, podem comprometer a projeção de fabricar 820 mil unidades.

A categoria de bicicletas elétricas foi a que registrou maior aumento percentual no acumulado do ano. De janeiro a novembro, 9.368 unidades saíram das linhas de montagem, volume 118,7% superior às 4.283 bicicletas fabricadas no mesmo período de 2020. No entanto, elas representam apenas 1,3% da produção das fabricantes do Polo de Manaus, demonstrando o grande potencial de crescimento desse segmento.

“A bicicleta elétrica é uma boa opção de deslocamento nas cidades e será cada vez mais comum vê-la nas ruas. O mercado para esta categoria cresce ano a ano e a perspectiva é que continue em alta. É uma tendência global de consumo: optar por produtos em sintonia com o meio ambiente e adotar um estilo de vida mais saudável”, afirma Gazola.

Levantamentos apontam que a categoria preferida pelos brasileiros é a Moutain Bike (MTB), equipada com suspensões e maior número de marchas, entre outros itens que garantem mais desempenho e permite ao ciclista pedalar tanto na cidade como na estrada.

No acumulado do ano, 445.666 unidades saíram das linhas de montagem do Polo de Manaus, o que corresponde a 61,6% do volume fabricado e aumento de 33% na comparação com o mesmo período de 2020 (335.145 bicicletas).

FONTE: CIEAM – AM
DATA: 16/12/2021