A produção do bimestre é 47,4% superior ao bimestre no ano passado.
Segundo balanço divulgado pela Abraciclo – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares -, fevereiro registrou vendas de 116.262 motocicletas para o mercado interno (concessionárias), numero 6,7% inferior com relação ao mês anterior. Porém, no comparativo de dias úteis, houve um crescimento de 3,7%, que se refletiu também no emplacamento mensal, com crescimento superior a 10%.
Os números de produção apresentaram ligeira queda, de 4,4%, com 122.429 unidades fabricadas, contra 128.035 de janeiro. Porém, se compararmos o acumulado de janeiro e fevereiro deste ano com o mesmo período do ano passado, foram produzidas 250.464 motocicletas, contra 169.831 em 2009, um crescimento de 47,4%, indicando que a previsão de crescimento feita para este ano deve se concretizar.
Segundo Paulo Shuiti Takeuchi, presidente da Abraciclo, apesar do mau tempo e a menor quantidade de dias úteis, as vendas em fevereiro foram boas.
“Foi um mês de chuvas intensas e feriado prolongado, mas, mesmo assim, conseguiu-se um bom resultado de vendas, principalmente em relação ao mesmo período do ano passado. Acreditamos que o mês de março também será bom, porque muitos devem aproveitar a isenção da Cofins, que segue até o fim deste mês. A preocupação será à partir do mês de abril, quando acaba o incentivo, e só nos restará aproveitarmos ao máximo a liberação de crédito de R$ 3 bilhões para linhas de financiamentos, feita através do Ministério da Fazenda”, explica Takeuchi.
“Os dados demonstram que o segmento vem se recuperando gradativamente da crise, mas que ainda será difícil alcançar os patamares anteriores à turbulência econômica e conseguirmos uma efetiva retomada do crescimento”, completa o presidente.
Exportação
Na comercialização com o mercado externo o mês de fevereiro teve desempenho superior ao registrado em janeiro, com aumento de 155% nas exportações, em comparação com o mês anterior. Porém, no comparativo com o mesmo período do ano passado, as vendas externas registraram queda de 21,6%. No acumulado do ano as perdas somam 35%, uma tendência que deve ser mantida.