No entanto, dados de junho apresentam queda quando comparados aos registrados em maio
Segundo dados divulgados pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), foram comercializadas para o mercado interno 160.720 motocicletas em junho, o que representa uma elevação de 15% em comparação com o mesmo mês de 2010. No acumulado do ano, com 1.033.408 unidades comercializadas, as vendas ao atacado registraram alta de 18% em relação ao mesmo período do ano passado.
Apesar do avanço em relação a 2010, no comparativo com maio deste ano as vendas no atacado registraram retração de 17,7%.
“Oscilações dos números são normais, ainda mais no setor automotivo como um todo. Mesmo assim, vale salientar que houveram avanços em relação ao ano passado, o que evidencia a percepção da recuperação”, afirma o presidente da Abraciclo, Roberto Akiyama.
Produção e Exportação
A produção de motocicletas também apresentou resultados gerais satisfatórios. Em junho foram fabricadas 163.177 unidades, queda de 20% em comparação com maio, porém elevação de 14,5% em relação ao mesmo mês de 2010.
Com 1.078.684 unidades fabricadas de janeiro a junho de 2011, no acumulado do ano registra-se um aumento de 24,6% em comparação com os seis primeiros meses do ano passado, que teve 865.561 motocicletas produzidas no período.
“A paralisação da linha de produção de algumas montadoras, devido à necessidade de manutenção dos equipamentos e férias coletivas, teve reflexos nos números. No entanto, os fabricantes mantêm os seus planos estratégicos anuais, definidos ainda no final de 2010”, explica Akiyama.
As exportações mantiveram no primeiro semestre do ano um equilíbrio, quando comparadas com o mesmo período de 2010. Até o momento foram exportadas 32.506 unidades, ante 31.430 em 2010. Em comparação com o mês de maio, as vendas externas registraram recuo de 11%, com 5.989 unidades comercializadas. Com relação ao mesmo mês de 2010, o aumento foi de apenas 0,6%.
“A desvalorização do dólar frente ao real dificulta a exportação dos nossos produtos, uma vez que há uma falta de competitividade em custos, principalmente com o mercado asiático”, conclui Akiyama.