As principais dificuldades para a circulação segura das bicicletas foram debatidas no III Workshop Abraciclo – Década Mundial de Segurança no Trânsito
“É fundamental o apoio de infraestrutura às bicicletas nos centros urbanos. A Secretaria do Verde e Meio Ambiente procurou a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e o Metrô porque antes não havia bicicletários ou ciclovias em São Paulo. Em 2005 ou 2006, foi inaugurada a primeira ciclovia da capital. De lá pra cá, o Metrô e a CPTM têm mais bicicletários, ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, mas o avanço real ainda é insuficiente. A educação do usuário é a questão principal ainda a ser trabalhada”, disse Eduardo Jorge, secretário do Verde e Meio Ambiente do Município de São Paulo, durante o painel que tratou da questão da viabilidade do uso da bicicleta nas vias públicas, no III Workshop Abraciclo – Década Mundial de Segurança no Trânsito, realizado na última sexta-feira, em São Paulo, que também contou com a participação de Evelyn Araripe, membro da ONG Bike Anjo e coordenadora do Programa Escolas de Bicicleta e Reginaldo Paiva, presidente da Comissão de Bicicletas da ANTP, com mediação de Moacyr Alberto Paes, assessor da presidência da Abraciclo.
Para Evelyn Araripe, incentivar o uso das bicicletas requer mais do que a implantação de rotas destinadas aos ciclistas. “Ciclofaixas são importantes, mas na questão de mobilidade urbana não são a única solução. É preciso que se garanta o cumprimento às leis. Por exemplo, as pontes têm, legalmente, que ter faixas para os ciclistas, assim como os shoppings e os centros universitários precisam ter espaço para estacionar as bicicletas. Obedecer a essas regras é um meio de não inviabilizar o uso da bicicleta”, explicou.
De acordo com Reginaldo Paiva, “o número de viagens inteiramente realizadas de bicicleta vem crescendo em São Paulo e é quase quatro vezes maior do que as efetuadas de táxi. Pedestres e motoristas estão migrando para as bicicletas”, contou.
Escalonamento da velocidade no trânsito
O presidente da Comissão de Bicicletas da ANTP defende a redução do limite de velocidade dos automóveis nas ruas, com o objetivo de diminuir a ocorrência de acidentes com ciclistas. “O veículo rodando a 30km/h e o ciclista a 20km/h, por exemplo, diminuiria os casos de colisões”, sugeriu.
Em relação à proposta, Eduardo Jorge afirmou que “o processo de mapear a velocidade já está sendo feito em São Paulo”.
Dentre as principais necessidades visando uma circulação segura dos ciclistas, a membro da Bike Anjo destacou a importância de se conscientizar o usuário de que é preciso ocupar o seu lugar no trânsito.
“Ver e ser visto é essencial. O ciclista também precisa estudar suas rotas considerando a bicicleta, e não com a mente de um motorista. Dessa forma, ele pode fazer o seu caminho evitando avenidas de grande circulação, por exemplo”, concluiu Araripe.
Sobre a ABRACICLO e o Setor de Duas Rodas
Com 35 anos de história e 11 associadas, a ABRACICLO – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – representa, no país, os interesses dos fabricantes de transporte em Duas Rodas, além de investir fortemente em ações que tenham por objetivo a busca pela paz no trânsito e pilotagem defensiva.
Representativa, a fabricação nacional de motocicletas – majoritariamente concentrada no Polo Industrial de Manaus (PIM) – está entre as cinco maiores do mundo. Já no segmento de bicicletas, o setor coloca o Brasil na terceira posição entre os principais produtores mundiais. No total, o Setor de Duas Rodas gera em suas indústrias mais de 20 mil empregos diretos.
MOTOCICLETA | BICICLETA |
Frota Nacional: mais de 18 milhões | Frota Nacional: mais de 65 milhões |
Produção anual: mais de 2 milhões de unidades | Produção anual: mais de 5 milhões de unidades |
5º maior produtor mundial | 3º maior produtor mundial |
Caso queira conhecer mais sobre os trabalhos da ABRACICLO, acesse o site www.abraciclo.com.br.