No primeiro bimestre foram produzidas 185.249 unidades, correspondendo a uma alta de 12,3% em relação ao mesmo período de 2018
A produção de motocicletas nas fábricas do Polo Industrial de Manaus – PIM totalizou, em fevereiro, 101.243 unidades, representando uma alta de 21,1% em relação ao mesmo mês do ano passado (83.632 unidades) e de 20,5% na comparação com janeiro (84.006 unidades). Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, nos dois primeiros meses do ano foram fabricadas 185.249 unidades, correspondendo a um aumento de 12,3% em relação a igual período de 2018 (164.938 unidades).
Para o presidente da entidade, Marcos Fermanian, os bons resultados reforçam a expectativa de crescimento do setor, estimada em 4,2% para este ano. “Os números do primeiro bimestre comprovam a retomada do crescimento do mercado de duas rodas. Hoje o consumidor sente-se mais seguro em investir na compra de um bem de maior valor agregado. Essa confiança está baseada num cenário econômico mais favorável, marcado pela redução nas taxas de juros e dos índices de inflação”, afirma.
VENDAS NO ATACADO
Com elevação de 27,6% na comparação com fevereiro do ano passado (74.800 unidades), as vendas no atacado somaram 95.427 motocicletas. O volume também é 16,9% superior ao alcançado em janeiro (81.655 unidades). No primeiro bimestre, as concessionárias receberam 177.082 motocicletas, volume 20,7% superior ao mesmo período de 2018 (146.767 unidades).
DESEMPENHO POR CATEGORIA
A categoria de motocicleta mais comercializada em fevereiro foi a Street, com 52,8% de participação (50.422 unidades). Em segundo lugar ficou a Trail, com 20,2% (19.272 unidades); Motoneta, com 14,2% (13.517); Scooter, com 6,4% (6.091) e Naked, com 2,5% (2.387).
Essas posições foram mantidas no ranking do primeiro bimestre do ano. A categoria Street teve 53,4% de participação (94.568 unidades, alta de 25,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, que foi de 75.555 motocicletas). Na sequência, está a Trail, com 19,6% (34.723 unidades, volume 5,4% superior às 32.937 unidades enviadas para as lojas). Em terceiro lugar, está a Motoneta, com 14,8% (26.154 unidades, alta de 32,7% em relação às 19.703 motocicletas comercializadas nos dois primeiros meses de 2018). A Scooter vem a seguir, com 5,9% (10.410 motocicletas, aumento de 8,1% ante as 9.633 registradas no primeiro bimestre do ano passado). Depois, está a Naked, com 2,5% (4.460 unidades, 28,4% maior que as 3.474 destinadas para as lojas entre janeiro e fevereiro do ano passado).
Confira a seguir as características básicas das motocicletas de cada categoria:
Street – Motocicleta de baixa ou média cilindrada destinada ao uso urbano.
Trail – Motocicleta de baixa ou média cilindrada destinada ao uso misto, tanto em vias pavimentadas quanto em terreno não pavimentado.
Motoneta – motociclo underbone, pilotado com o condutor na posição sentado, destinado ao uso urbano, de baixa cilindrada e dotado de câmbio automático ou semiautomático.
Scooter – Motociclo pilotado com o condutor na posição sentado e dotado de câmbio automático ou semiautomático, concebido para privilegiar o conforto.
– Motocicleta sem carenagem, com motor propositalmente exposto e de alto desempenho, concebida para a utilização em terrenos pavimentados. Semelhante a uma motocicleta versão “sport”, sem a carenagem.
Big Trail – Motocicleta de média ou alta cilindrada destinada ao uso misto em terrenos pavimentados e não pavimentados.
Off Road – Motocicleta de qualquer cilindrada destinada exclusivamente à utilização em pisos não pavimentados.
Custom – Motocicleta caracterizada por sua vocação para percursos de estrada, destacadamente os mais longos, chamadas de “estradeiras”, que não priorizam velocidade e, sim, conforto.
Sport – Motocicletas de cilindradas médias ou superiores com carenagem que privilegia a aerodinâmica e o alto desempenho.
Ciclomotor – Veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 cm³.
Touring – Motocicletas usualmente de alta cilindrada concebidas para a utilização em turismo e viagens de grandes distâncias.
EMPLACAMENTOS
Levantamento do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) revela que, em fevereiro, foram emplacadas 84.150 motocicletas, o que representa uma elevação de 33,6% sobre o volume registrado no mesmo mês do ano passado (62.991 unidades). Na comparação com janeiro, no entanto, o resultado é 7,2% inferior (90.704 motocicletas).
O levantamento mostra ainda que, no primeiro bimestre deste ano, o total de emplacamentos foi de 174.854 motocicletas, volume 24,9% superior ao alcançado no mesmo período de 2018 (139.984 motocicletas).
A média diária de vendas foi de 4.208 unidades, 2,1% maior do que a de janeiro (4.123 unidades) e 20,2% superior à registrada em fevereiro do ano passado (3.500 unidades).
“Foi o melhor mês de fevereiro desde 2015, que teve média de 5.211 unidades emplacadas em 18 dias úteis. Isso nos deixa bastante otimistas com relação à expectativa de fechar 2019 com a produção de 1.080.000 unidades”, afirma Marcos Fermanian.
SCOOTERS NO VAREJO
Em fevereiro foram emplacadas 6.085 scooters, correspondendo a uma alta de 14,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado (5.315 unidades). Em relação a janeiro, no entanto, foi registrada uma queda de 8,6% (6.655 unidades).
No primeiro bimestre, os emplacamentos somaram 12.740 unidades, volume 13,9% maior ao alcançado no mesmo período de 2018 (11.187 unidades).
EXPORTAÇÕES
A crise na Argentina continua afetando as exportações no Setor de Duas Rodas. Em fevereiro, foram exportadas 3.287 motocicletas, queda de 55,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado (7.346 unidades) e de 28,1% em relação a janeiro (4.570 unidades).
O volume total embarcado para o exterior no primeiro bimestre foi de 7.857 unidades, representando um recuo de 49,5% ante as 15.573 motocicletas exportadas no mesmo período de 2018.
De acordo com dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat analisados pela Abraciclo, as exportações para a Argentina corresponderam a 28,7% do total, ficando em 824 unidades. Em seguida ficaram o Canadá, com 17,4% do volume exportado (500 unidades) e a Colômbia, com 15,7% (452 unidades).
No balanço do primeiro bimestre, os Estados Unidos aparecem no topo, com 31,4% de participação (1.616 unidades), seguidos da Argentina, com 22,8% (1.172), e da Austrália, com 10% (512).
Sobre a ABRACICLO e o Setor de Duas Rodas
Com 42 anos de história e contando com 14 associadas, a ABRACICLO – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – representa, no país, os interesses dos fabricantes de veículos de duas rodas, além de investir em ações visando a paz no trânsito e a prática da pilotagem segura. A fabricação nacional de motocicletas, quase totalmente concentrada no Polo Industrial de Manaus (PIM), está entre as oito maiores do mundo. No segmento de bicicletas, com as principais fábricas também instaladas no PIM, o Brasil se encontra na quarta posição entre os principais produtores mundiais. No total, as fabricantes do Setor de Duas Rodas geram mais de 12 mil empregos diretos no PIM.
Para mais informações acesse o site
www.abraciclo.com.br
MOTOCICLETAS* |
BICICLETAS* |
Frota nacional: acima de 27 milhões |
Frota nacional: mais de 70 milhões |
Produção anual: acima de 1 milhão de unidades |
Produção anual: 2,5 milhões |
8º maior produtor mundial |
4º maior produtor mundial |
(*) Dados do fechamento de 2018.
(**) Excluídas as bicicletas infantis, classificadas como brinquedos.
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MARÇO, 2019 |